Friday, August 13, 2004

13 Ago 2004 - Kalamaki, Acrópole, Opening Ceremony

Acabei não levantando cedo pra encontrar o Manuel no Syntagma [pra ver o lance de ser voluntário]. Decidi encontrar com o pessoal do BB em Kalamaki pra ver a parada da torcida nos jogos de vôlei. Chegando ao Syntagma, vejo uma movimentação, trânsito fechado, correria, aí pergunto pra uma grega o que acontece e descubro que é a tocha olímpica que vem percorrendo a cidade e ía passar nesse momento por ali onde estava. Lógico que fiquei aguardando pra vê-la. Os olhinhos encheram d'água! Hehehehe... Hoje é o grande dia: o dia da abertura dos Jogos Olimpícos de Atenas 2004.

Passada a tocha, peguei o metrô em direção a Neos Kosmos, de onde peguei o tram até Kalamaki. É lá que o pessoal do vôlei de praia treina. Depois de uma eternidade [como o tram é lerdo e demorado], consegui chegar a Kalamaki. Acabei encontrando o Alexandre [um dos caras do BB] e o Ricardo e outros caras foram fazer uma filmagem na Acrópole. Bom, fiquei de encontrar com os caras amanhã no jogo de vôlei feminino. Aproveitei pra ver os últimos minutos do treino da Adriana e Shelda [aproveitei pra tirar uma fotinho com elas depois]. Hehehehe...

No caminho de volta, vim conversando com uma americana que é irmã de um velejador [não lembro o nome do cara]. Voltei ao Syntagma e fui ao cyber cafe mandar notícias ao mundo. Acabei encontrando o patrão online no MSN e conversamos rapidamente [evitando falar de trabalho obviamente]. Hehehe... Celo me ligou e encontrei com ele, Javier e John Paul no Mc. Ali acabamos conhecendo muito brazuca, entre eles o Léo Mataruna [técnico da seleção paraolímpica de judô] e a Ynara. Ela tinha acabado de chegar em Atenas, ainda meio perdida, e decidiu juntar-se a nós [Eu, Celo, Javier e John Paul] pra ir à Acrópole. Almoçamos no Mc e de lá pegamos o metrô até a epomeni stase Akropoli. O calor estava de rachar o côco e tínhamos uma longa caminhada até lá em cima. Na subida até a entrada da Akropoli encontramos com uma galera da Itália e Eslovênia [fotos]. Demos sorte que hoje era free entrance, mas uma burocracia pra entrar: não podia entrar com mochila [tinha que deixar num locker ao lado], nem com garrafa d'água [o que eu chamo de loucura com o calor que estava fazendo].

Já na entrada paramos pra tirar fotos, com o Teatro de Herodes Ático ao fundo, brincando de estátuas gregas em pilares em ruínas... Hehehehe... Encontramos com muito brasileiros e sempre que isso acontecia, era festa, bagunça, fotos... Tiramos fotos com portugueses, japoneses, peruanos e sei lá gente de mais onde se possa imaginar. Conhecemos a Thalia, uma fotógrafa peruana, muito gente boa que nos acompanhou até o fim do passeio.

O Parthenon é magnífico. Tudo muito impressionante, imponente. Sabe quando vc fica olhando algo e não acredita que tá vendo?! Era eu!!! Hehehehe... Aliás, acho que até hoje paro pra pensar e não acredito que estive lá. Antes de entrar na Acrópole descobrimos que não podia entrar com bandeiras lá em cima [os italianos nos contaram]. O Marcelones tinha uma bandeira pequenina e guardou na sua pochete. Quando chegamos no mirante no alto da Akropoli rapidamente ele sacou a bandeirinha pra tirarmos uma foto [eu, ele e Ynara]. Putz, na hora uma tiazinha veio querendo arrancar a câmera da mão do Javier, queria pegar a bandeira, aí nós demos de joão-sem-braço dizendo que não sabia, que ninguém havia dito que não podia entrar com bandeira lá. Ela queria ver a máquina, aí o Javier disse que não tinha tirado a foto. Huahuahua... No fim, deu tempo de tirar na minha câmera e na do Celo. :-)

Depois visitamos o museu da Akrópoli. Todo seu acervo é de achados arqueológicos da própria Akrópoli. Fantástico! Inclusive, as estátuas originais das Cariátides se encontram no museu. Saímos exaustos da Akrópoli. Agora nos preocupávamos em onde e como veríamos a cerimônia de abertura [mas ninguém sabia informar onde teria telões pela cidade - a organização dos Jogos dizia que não haveria e especulamos que seria pra evitar risco de atentados, terrorismo e etc.]. Da stase Akropoli fomos até Omonia [onde a Ynara tinha arranjado um lugar pra dormir]. John Paul tinha compromissos e ficamos eu, Celo e Javier aguardando Ynara em Omonia enquanto comíamos um lanche no Everest. Aproveitei pra ligar pra minha mãe e soube que a galera [meu pai, minha madrinha] me viram na Globo e no GloboNews "perdida" no Syntagma [aquela reportagem do Marcos Uchôa falando dos turistas brasileiros perdidos em Atenas].


Parthenon [Acrópole]

De Omonia seguimos para o OAKA Stadium, onde ocorreu a cerimônia de abertura. Tínhamos esperança de conseguir algum ingresso baratinho [apesar que a gente só via galera vendendo a EUR 700 pelo menos] ou se pelo menos ia rolar algum telão. Celo, Ynara e eu tiramos fotos pro Terra [http://www.terra.com.br/esportes/atenas2004/fotolog_brasil/]. Celo e Javier conseguiram entrar no OAKA por terem o crachá de voluntário, então podiam ficar na área externa aos estádios dentro do OAKA. Ficamos Ynara e eu. De repente, Ynara some [encontrou uma amiga do COB, que conseguiu fazê-la entrar no estádio também]. Aí fiquei lá sozinha, meio perdida sem saber o que fazer. Comecei a conversar com um brasileiro, o Rafael, trocando a maior idéia. Sua fisionomia me parecia familiar, mas não tinha caído a ficha de quem era. Ao perguntar o que ele tava fazendo em Atenas, me respondeu que tinha vindo acompanhar o irmão que era tenista. Cara, na hora me liguei que era o irmão do Guga. Huahuahua... Pô, o cara é muito gente fina. Ele estava esperando aparecer uma amiga, mas parece que eles se desencontraram. Decidi não ir pra caso do Periklis [o Celo tinha combinado com ele, caso não conseguisse entrar no OAKA, que iríamos pra casa dele ver a abertura], liguei pro Samuca que estava em Monastiraki. Peguei o metrô e fui pra lá encontrar com o Samuca, Moda, Sebastian e Cristian [França]. Eles estavam tomando um chopp num barzinho em Monastiraki, fiquei conversando com eles e de repente toca meu celular... Era o Denis [o brasileiro que conheci no avião entre São Paulo e Zürich]. Não acreditei!!! Ficamos conversando, ele me contando dos primeiros dias em Paris, como estavam arrumando as coisas por lá. Fiquei super feliz né!!! :-)

Nesse bar também conhecemos uns brasileiros que estavam trabalhando na Casa Brasil [espaço criado pelo COB para atletas, turistas brasileiros e outros se encontrarem, conhecerem + sobre o Brasil]. Decidimos ir pro Heineken Fest ou Casa Holandesa, mas eu não pude entrar por causa da mochilinha [bosta!!!]. Fiquei muito puta!!! Já que eu ia embora, levei a mochila do Samuca pra ele poder entrar. Fui pro ponto de ônibus, mas pela hora [quase 1 am] decidi pegar um táxi pra casa.

FOTOS DO DIA: http://share.shutterfly.com/osi.jsp?i=EeANGbFm1aOGztQ

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