Friday, August 06, 2004

06 Ago 2004 - Zürich [Suíça] e Roma [Itália]

Cheguei em Zürich por volta das 11 am. No caminho pra passar pela Imigração, acabei ajudando uma garota brasileira chamada Ana Claudia, que mal falava inglês e estava indo visitar uma prima que mora lá há alguns anos. Ela estava na minha frente na fila do guichê da Imigração Suíça e acabei sendo sua tradutora. O oficial suíço foi bastante gentil conosco. Na minha "entrevista" informei que somente passearia por algumas horas por Zürich, pois seguia com destino a Roma no mesmo dia no fim da tarde [na boa, meu vôo pra Roma era somente às 5:30 pm, ficar no aeroporto coçando ninguém merece né!!]. Meu primeiro carimbo europeu no passaporte é da Suíça. Huahuahua... Fala séeeeerio!!! :-D

Passada a Imigração, encontramos com sua prima Beatriz e sua pequena filha. Gente boa! São cariocas! Beatriz foi super solícita ao ajudar-me a encontrar um locker, comprar um map guide e explicar como chegar ao centro de Zürich. Também me deu dicas de onde poderia visitar durante esse meu stop. Beatriz só não me deixou no centro de Zürich porque, na verdade, ela morava numa cidadezinha nas redondezas de Zürich. Me despedi delas e Beatriz ainda foi very kind giving me her phones numbers in case I got lost or had any problem. Legal né?! Brasil, meu Brasil brasileiro...

Fui em direção ao Bahn (trem) to go to the Main Station at Bahnhofstrasse, a principal rua de Zürich. Chegando lá não conseguia entender os painéis com os trens, destinos e horários, e muito menos como usar as máquinas pra comprar o bilhete. Pedi ajuda pra duas jovens suíças que estavam conversando perto dali. Elas foram super atenciosas e ainda me "emprestaram" EUR 0,60 pra colocar na máquina. O lance é o seguinte: na Suíça aceita-se pagar em euro, mas o troco é sempre dado em franco suíço. Eu havia comprado o mapa, então eu tinha alguma coisa em franco pra comprar o ticket na máquina, mas não o suficiente. E na hora de colocar as moedinhas, eu ía procurando na carteira e logo as meninas foram colocando moedas delas. Poxa, fiquei super sem graça, agradeci n vezes, queria dar os 60 cents, mas elas não aceitaram e disseram pra eu correr porque o trem já ía sair.

In the way, eu fui conversando com um australiano que também estava de passagem pela cidade para uma reunião de negócios. Os australianos falam muito rápido, um pouco diferente do American ou do British English que estou acostumada, então tive dificuldades em entender o que me falava. Mas entendi que no fim do dia ele iria para a Alemanha. Hahahaha... A viagem de trem leva uns 10, 15 minutos do aeroporto (flughafen) até Zürich.

Chegamos na estação e nos despedimos. Fiquei meio na dúvida, mas ele falou de nos encontrarmos às 3:30 pm na estação para voltarmos juntos porque o horário do seu vôo era próximo do meu, então como eu estava meio perdida que podíamos nos encontrar no mesmo local e voltar.

Sem saber exatamente para onde ir, fui até uma lojinha (como se fosse uma lojinha de conveniência) e perguntei pela Bahnhofstrasse. A senhora atenciosa disse que era só seguir em frente que sairia lá. Na verdade, a estação é enorme. Resolvi abrir meu mapa de ruas de Zürich pra ir me localizando. Andei por dentro da estação [crowdy of people] e fui pedir informações - justamente pra um estrangeiro. Hehehe... Só eu mesma pra dar essas mancadas. Me dirigi, então, a uma banca de flores. Consegui sair da estação e vi a Bahnhofstrasse.


Zürich Hauptbahnhof - Main Station [Bahnhofplatz]

Não há ônibus em Zürich (pelo menos eu não vi nenhum). O serviço é feito por trams (bondes modernos), muito bem organizado. Andei bastante pela Bahnhofstrasse, mas depois decidi entrar nas pequenas ruas que a cruzavam, que muito lembram pequenos vilarejos, as ruas de pedra, pequenas casas ainda com aquele ar medieval ou clássico, sei lá, porém moderno, estiloso. Gente, eu tava na Suíça. Huahuahuahua... Passei por bares, restaurantes, igrejas, praças. Uma referência em Zürich é a St. Peter's Church, que possui em sua torre o maior relógio da Europa e lógico que eu fui até lá ver.

Dei uma paradinha pra descansar as pernas, logo depois que saí da loja da Swatch. Entrei numa cabine de orelhão e demorei um pouquinho pra me entender e conseguir fazer um collect call pro Brasil. Consegui falar com minha mãe e avisar que tava tudo ok comigo.

No total foram umas 3 horas de caminhada pelo centro de Zürich. Muitas fotos... Eu e minha paixão por arquitetura, história... Foram quase 70 fotos! Se quiser vê-las entre no link http://share.shutterfly.com/osi.jsp?i=EeANGbFm1aOGzyo.

Acabei voltando um pouco mais cedo pro aeroporto porque eu estava preocupada em get lost e perder o vôo. Peguei o trem de volta para o flughafen (aeroporto) eram 3:30 pm. De volta ao aeroporto, fui direto pro locker buscar minha mala de mão. Parei em uma loja para comprar postais pra minha coleção e lápis pra coleção da minha mãe. Depois fui pro McDonalds (básico!), comi um cheeseburguer rapidinho e fui pro meu portão de embarque. Estava muito cansada: sono, dor nas pernas, aquela tensão do "vai dar certo"... Por uns 15 minutos eu tirei um cochilo sentada na sala do meu portão de embarque porque eu não conseguia manter os olhos abertos. Decidi então ouvir uma música, peguei meu discman, coloquei Ivete, Ivetinha, você é a rainha da Bahia e tentar escrever algo, nisso um italiano que estava sentado ao meu lado perguntou o que eu estava ouvindo. Então começamos a conversar até a chamada pro embarque no vôo 1732. Giorgio já esteve no Brasil há 10 anos atrás, visitou Fortaleza e Natal. Durante o vôo, eu não dormi, eu c-a-p-o-t-e-i!!! Só acordei quando ouvi o piloto dizendo preparar pra aterrisagem. Aí vi que tinha um chocolatinho suíço na minha poltrona (não tinha ninguém do meu lado), ou seja, a aeromoça nem tentou me acordar pro serviço de bordo porque tava "desmaiada".

Chegando em Roma já pude perceber a diferença no "nível" de serviço e educação da Suíça para Itália. Hehehe... Na Imigração havia uns 4 guichês funcionando, sendo 2 para Non European Union e outros 2 para European Union people. Nessa brincadeira fiquei uns 40/45 minutos em pé na fila para conseguir fazer a imigração. Durante a espera, Giorgio veio até mim e entregou um papelzinho com seu nome, email e telefone caso quisesse manter contato. Ah, ele é dentista [e gatinho]. Hehehehe... O policial com aquela satisfação em atendê-lo, fazendo 1001 perguntas do tipo "o que faz aqui, quanto tempo ficará...". Depois do "interrogatório" e conseguir o carimbo de entrada, fui buscar minha bagagem no baggage claim. Quando ía saindo, uma senhora (fiscal) pediu que eu voltasse e abrisse a bagagem de mão. Fez perguntas insignificantes e me liberou.

Já vi o Paolo logo que saí. Ele estava super empolgado com minha chegada, me pegou no colo, fez a festa... Hahahaha... Fiquei morrendo de vergonha. Que aeroporto grande!! Andamos bastante até chegar no carro e que surpresa, era um Jaguar. Na boa, mas quando chegamos no carro, lógico que eu fui passando o carro e ele disse que era aquele. Hehehehe... Pobre é uma merda né! Hehehe... Mas já posso dizer que andei num Jaguar na minha vida. A-N-I-M-A-L!!! O aeroporto fica na Comuna de Fiumicino. De lá seguimos para a casa dele, mas pelo caminho foi mostrando seus escritórios, onde vive sua família... A casa do Paolo é bem interessante. É uma casa antiga, muito próxima do Vaticano (5 minutos a pé), tombada pelo Patrimônio Histórico e Cultural italiano. Um ar meio medieval, mas moderno (e bem organizado "prum" homem solteiro). O engraçado é que ele ficava me chamando de rainha (regina). "Me deu" o seu quarto para ficar, comprou toalhas e até roupão para usar no pós-banho. Isso sem contar que, logo que chegamos, me pegou no colo e me carregou pelas escadas da casa até chegar em seu quarto, onde eu ia repousar-me. Hehehehe... Os italianos são conquistadores por essência, charmosos, galanteadores...

Nem deu tempo de descansar muito e já fui abrir as malas para tomar um banho e sair, pois ele havia marcado um jantar com dois amigos Paolo e Francesca. Liguei para minha mãe pra avisá-la que cheguei bem. Saímos os 4 juntos da casa do Paolo para jantar num restaurante típico romano. Experimentei várias coisas boas e tudo regado a muito vinho e água. O problema é que eu não tava me sentindo muito bem (acho que foi a falta de sono, ansiedade das últimas 24 horas), estava meio enjoada, sem fome... Depois chegaram Manfredi e Sonya. Eu estava absolutamente cansada e não via a hora de ir embora. Chegamos em casa por volta da 1 am com toda a galera. Mal me despedi de todos e subi. O pessoal ainda ficou por lá algumas boas horas ainda e eu fui dormir.


Eu e Paolo durante jantar de boas-vindas

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